sexta-feira, 29 de março de 2013

A CIGANA E O POETA              


Quando a cigana chegou à cidade,

A aurora vinha clareando o céu distante.
O povoado começava um novo, porém eterno labutar pela vida
E os olhos do poeta, tinham a claridade da aurora.


E ela cantou a beleza da nova madrugada

Com suas vestes coloridas, seus brincos de ouro,
E sua vós de quem já percorreu longas distâncias!
E a cigana beijou a fronte do poeta


E dançou a dança de quem é feliz

Mostrou-lhe a mistificação da flor que se mostra ao sol e aos homens!
E mostrou-lhe o sagrado do pássaro que voa sem medo.


Tudo é deidade para a cigana!
 O amor pela terra, pelo ar, pelo sol, pela chuva!
Não é maior nem menor que o amor pelo poeta,
 E o poeta entende!
A cigana vê com os olhos do espirito e enxerga mistérios profundos.
Assim como o poeta vê através das palavras e entende os verbos!
Porque o amor da cigana..
 É a seiva da vida,
E o amor do poeta é  o falar daqueles que não tem vós!


A cigana ama avida e respeita o sagrado!

E a cigana amou o poeta. 
Deitou em seu peito e desvendou o segredo do seu coração!
E o poeta  compôs lindas poesias
 Para aquela mulher cheia de mistérios e ternura!
Mais a cigana se foi, 
Quando a nova madrugada chegou no céu  distante...
Se foi tão  rapidamente quanto chegou,
 Partiu o coração do poeta!
Deixou na memória dele
 Um colorido e em seu corpo as marcas
 De um amor breve,
Mais que jamais....
 Seria esquecido!
ELISA FLOR

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