A CIGANA E O POETA
Quando a cigana chegou à cidade,
A aurora vinha clareando o céu distante.
O povoado começava um novo, porém eterno labutar pela vida
E os olhos do poeta, tinham a claridade da aurora.
E ela cantou a beleza da nova madrugada
Com suas vestes coloridas, seus brincos de ouro,
E sua vós de quem já percorreu longas distâncias!
E a cigana beijou a fronte do poeta
E dançou a dança de quem é feliz
Mostrou-lhe a mistificação da flor que se mostra ao sol e aos homens!
E mostrou-lhe o sagrado do pássaro que voa sem medo.
Tudo é deidade para a cigana!
O amor pela terra, pelo ar, pelo sol, pela chuva!
O amor pela terra, pelo ar, pelo sol, pela chuva!
Não é maior nem menor que o amor pelo poeta,
E o poeta entende!
E o poeta entende!
A cigana vê com os olhos do espirito e enxerga mistérios profundos.
Assim como o poeta vê através das palavras e entende os verbos!
Porque o amor da cigana..
É a seiva da vida,
É a seiva da vida,
E o amor do poeta é o falar daqueles que não tem vós!
A cigana ama avida e respeita o sagrado!
E a cigana amou o poeta.
Deitou em seu peito e desvendou o segredo do seu coração!
Deitou em seu peito e desvendou o segredo do seu coração!
E o poeta compôs lindas poesias
Para aquela mulher cheia de mistérios e ternura!
Para aquela mulher cheia de mistérios e ternura!
Mais a cigana se foi,
Quando a nova madrugada chegou no céu distante...
Quando a nova madrugada chegou no céu distante...
Se foi tão rapidamente quanto chegou,
Partiu o coração do poeta!
Partiu o coração do poeta!
Deixou na memória dele
Um colorido e em seu corpo as marcas
De um amor breve,
Um colorido e em seu corpo as marcas
De um amor breve,
Mais que jamais....
Seria esquecido!
Seria esquecido!
ELISA FLOR
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